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Polêmica (In)gratidão

Você já se sentiu culpado por não ser grato?


Existem alguns temas “da moda” que podem ser prejudiciais para nós caso não haja nenhuma crítica a seu respeito. A gratidão pode ser um desses temas atualmente.


Muito se fala em ser grato, em pensar de forma positiva, etc. mas será que isso é sempre possível?



Em algum momento da sua vida, você recebe ajuda de um parente querido que deseja seu bem e ele só faz aquilo que considera bom para te ajudar!


Mas, por algum motivo, você não se sente grato. Você fica incomodado, sem jeito, sente-se mal e até mesmo culpado, afinal “é para o seu bem”. Tem alguém te ajudando e você deveria sentir gratidão por isso.




O que gera essa “falta” de gratidão?


1 – Receber algo que não precisamos/ não queremos

É muito comum que as pessoas imaginem que as necessidades e dificuldades que elas possuem são vividas da mesma maneira pelas outras pessoas. Isso faz com que imaginem que estão ajudando quando oferecem algo que serviria para elas.


Em alguns casos pode funcionar, pode ser que você e eu tenhamos a mesma necessidade e que eu realmente precise daquilo que me foi oferecido. Mas não necessariamente.


Quando recebo algo que não preciso ou não quero, isso pode me gerar um descontentamento, um transtorno e até mesmo uma certa irritação.



2 – Sentir-se invadido

Quando alguém faz suposições acerca do que eu devo ou não devo precisar, ela faz um julgamento da minha realidade, analisa minha forma de viver e reage de acordo com a forma que ela pensa ser melhor.


Mesmo que seja tomado de boas intensões, essa atitude pode ser extremamente invasiva caso não haja uma comunicação verdadeira.


Se alguém toma decisões em meu nome, dizendo que está me ajudando, que é isso que eu preciso, posso sentir a minha privacidade sendo invadida, pois não compactuei com a situação.



3 – Sentir-se desrespeitado

Fazer algo por alguém sem comunicação pode dar margem para muitas interpretações e julgamentos.

Ninguém deseja sentir que sua vida está sendo julgada e quando uma “ajuda” vem carregada de suposições, é muito difícil sentir-se grato ao invés de triste, decepcionado e desrespeitado.

Esses sentimentos não significam que você não reconheça a boa vontade do outro em ajudar, porém, um sentimento não exclui o outro.


A partir do momento que se tem consciência desses sentimentos de “ingratidão”, é possível se comunicar e ensinar o outro qual a melhor forma de te ajudar.


Afinal, é muito provável que as pessoas não estejam fazendo por mal, é a forma como elas imaginam que seja melhor.


Então, quando identificar que não está sendo legal para você, é possível falar de forma amigável qual a sua real necessidade e, caso não tenha efeito, você também pode fazer o movimento de recusar ou se afastar para se sentir melhor.


Assim como você já deve ter passado por alguma dessas situações, é muito provável que você também já tenha causado isso em alguém.


Para que possamos ser agentes de mudança e de respeito com as pessoas é preciso enxergar primeiro em nós mesmos os momentos em que fazemos isso. Aprendemos que todo tipo de ajuda deve ser reverenciada, não importante o que aconteça. Mas, se aprendemos dessa forma, como sair disso?




Como ajudar de verdade as pessoas?


1 – Pergunte!

Caso você tenha uma ideia em mente de como pode ajudar alguém, perguntar é sempre uma opção bem-vinda.

“Vi que você está bem atarefada essa semana, pensei em levar um bolo para você comer no lanche da tarde, pode ser?”

“Você me falou que está bem apertado financeiramente esse mês, tenho algumas coisas sobrando aqui em casa que posso te dar, você quer dar uma olhada se servem para você?”

“Pensei em comprar para você uma panela maior, você gostaria?”



2 – Faça apenas aquilo que você se sente disponível para fazer.

Quando fazemos mais do que estamos dispostos, esperamos uma reação de gratidão maior também, proporcional ao nosso esforço, segue um exemplo: “eu faltei no meu trabalho para te ajudar, espero que você faça o mesmo por mim em uma próxima”.



3 – Entenda seus limites.

Posso ter muita vontade e disponibilidade para ajudar, mas tenho limites.

Talvez eu não possa ajudar com dinheiro, porque minha realidade já é bastante difícil. Ou talvez eu não possa ajudar com limpeza, porque tenho dores terríveis nas costas. Talvez eu não possa ajudar levando comida, porque não sei fazer muitas coisas....

De que forma você pode ajudar sem prejudicar os seus limites?



4 – Coloque-se a disposição!

Se você não sabe o que o outro precisa, mas tem vontade de fazer alguma coisa, coloque-se a disposição. Diga que está disponível, pergunte o que você pode fazer, diga em que momentos a pessoa pode te chamar. Você pode já dar sugestões (de acordo com os seus limites) do que você poderia fazer por ela. Passe o seu contato de telefone, e-mail, enfim...



É sempre importante lembrar que a minha realidade não é a mesma do outro. Por mais que parece óbvio para mim, só é óbvio porque é a minha vida, é a forma como eu enxergo o mundo.


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