O que não te contam sobre feedbacks...
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Você sabia que, da perspectiva psicológica, é muito compreensível as pessoas não receberem bem feedbacks?
Vamos falar sobre 3 razões que causam isso:
1 - É muito comum o feedback ser recebido como uma crítica. E não apenas uma crítica sobre um comportamento, mas sim sobre quem nós somos. Por exemplo: uma pessoa que recebe um feedback para melhorar o seu dinamismo pode enxerga-lo como uma crítica à ela como pessoa, como se ela fosse uma pessoa sem dinamismo nunca. Quando, na verdade, os feedbacks devem se referir a comportamentos específicos.
2 - Ao enxergar o feedback como uma crítica, nosso cérebro entende isso como uma ameaça e reage de formas a nos proteger: refutamos a “crítica” e a achamos sem fundamento, tentamos justificar nosso comportamento ou ignoramos aquilo que foi dito.
3 - Nossas emoções também se acentuam, o que dificulta que consigamos entender e pensar sobre a mensagem que a pessoa está querendo realmente nos passar.
Por todos esses motivos uma reação comum é, ao receber um feedback sobre algo a mudar ou melhorar, ter uma reação automática de desconsiderar o que foi dito, pensando “acho que essa pessoa não entendeu a situação direito” ou “acho que ela me entendeu errado”.
Dar justificativas também é outra reação comum, uma vez que elas transferem a responsabilidade para outros aspectos. Por exemplo: “Ah, eu fiz isso porque o Jorge não estava aqui para me ajudar” ou “Não consegui entregar a tempo porque estava muito ocupado”.
Uma vez que vimos que é comum pessoas reagirem mal à feedbacks, chegamos ao ponto principal: percebemos o porque é importante aprender a receber feedbacks. É preciso estar atento e se aprimorar cada dia para aprender uma nova forma de olhar e receber feedbacks. Como fazer isso?
Algumas dicas são:
- Auto observação: enquanto estiver recebendo um feedback, perceba como você fica. Quais emoções vão surgindo, quais pensamentos, como o seu corpo fica e a sua postura. Observe tudo sem julgar, seu objetivo com isso é conhecer melhor como você mesmo funciona para então descobrir também novas formas de lidar com os feedbacks.
- Respeite o seu tempo: se você perceber que não está em um dia bom, ou que não está recebendo bem o feedback, peça para conversar novamente outro dia. Você pode ser sincero e dizer que agradece pelo feedback, mas que no momento não vai conseguir ouvir e reter tudo o que há para ser dito, e perguntar se podem continuar no dia seguinte. Assim, você tem tempo para refletir melhor sobre o que foi falado e ver o que faz sentido e o que não faz.
- Mude sua percepção: fornecer feedbacks construtivos não é uma tarefa fácil. Você precisa pensar com cuidado no que falar, e estar pronto para lidar com uma pessoa que pode não receber bem esse feedback. Então, se uma pessoa investe o tempo e energia dela para te dar feedbacks, ela está também preocupada com o seu desenvolvimento. Por isso, busque perceber esses momentos com outros olhos, e aproveite a chance de saber como você está sendo visto e como pode se desenvolver ainda mais.
- Faça perguntas: nem todo mundo saber dar bons feedbacks. Então, faça perguntas para entender exatamente sobre quais comportamentos a outra pessoa está falando e o que você pode fazer para melhorar. Por exemplo: “Você comentou que um ponto de melhoria seria eu aumentar a minha agilidade. Em que momento você vê que eu não estou sendo ágil? Qual comportamento seria o ideal nessa situação? Você tem alguma dica sobre como posso melhorar isso?”
- Não concorda com o feedback? Então converse sobre isso. Faça as perguntas para entender melhor o motivo de estar recebendo aquele feedback e exponha a sua visão. Lembre-se de estar aberto para a opinião da outra pessoa, ao mesmo tempo em que se coloca de forma assertiva.
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