Coisas que só EU posso fazer por mim
Qual papel temos na nossa própria transformação?
Se você quer realmente transformar a sua vida, mudar a forma como você se relaciona com as pessoas, a forma como você se enxerga ou abandonar comportamentos que te fazem mal e adotar novos que te ajudem a alcançar seus objetivos, uma coisa é certa: você vai precisar colocar a mão na massa.
Às vezes somos levados a acreditar que existem caminhos rápidos ou ferramentas incríveis que vão transformar quem somos e nos tornar pessoas melhores. É fácil ir atrás de alguns “gurus” na internet, adotar pequenos hábitos momentâneos e comprar cursos que, no final das contas, não vão te ajudar a progredir.
Mas na verdade, existem sim muitas ferramentas incríveis que podem te ajudar no seu crescimento pessoal e profissional. O nosso erro está em acreditar que elas, por si só, irão magicamente nos transformar na nossa melhor versão.
O nosso crescimento começa de dentro para fora. Podemos contar com a ajuda de pessoas, técnicas e ferramentas para nos acompanhar e guiar nesse caminho, mas somos nós que precisamos dar os passos. Se pararmos, ninguém irá andar por nós.
Dito isso, trouxemos alguns passos importantes para você exercitar e começar (ou continuar) o seu caminho de desenvolvimento pessoal ou profissional:
- Estar presente:
Esse é um desafio que todos enfrentam na rotina desse mundo acelerado. É desligar-se da ansiedade e dos pensamentos acelerados, e realmente estar presente para o que está acontecendo em cada momento.
Essa é uma etapa importante para que você consiga exercitar os dois pontos a seguir: auto-observação e autorreflexão.
Essa pode ser uma tarefa desafiadora. Por isso, você pode começar exercitando estar presente em alguns momento do dia, e pode fazer atividades que ajudem nisso, como meditação, yoga e mindfullness.
- Auto-observação:
Quando estamos presentes, conseguimos perceber nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos enquanto eles estão acontecendo. Isso permite perceber ações e reações automáticas que nunca antes percebemos. Prestamos mais atenção na nossa fala, e passamos a entender quais situações despertam quais pensamentos e sentimentos. A auto-observação nos permite ter uma autorreflexão profunda.
O importante nesse momento é lembrar de observar a si mesmo sem julgar nem justificar. E como fazemos isso?
Por exemplo: digamos que você está dirigindo e uma pessoa cortou a sua frente no trânsito. Você ficou irritado e xingou a pessoa.
“Eu estou muito irritado e explodi. Mas ele me cortou!” – Justificativa para o comportamento
“Nossa, eu realmente fiquei irritado. Não foi legal ter xingado” – Julgamento para o comportamento
Então, como seria uma auto-observação sem julgamento ou justificativa?
“Nossa, eu realmente fiquei muito irritado. Quero entender melhor o que me irritou tanto, e porque reagi assim.”
Isso nos leva ao nosso próximo passo:
- Autorreflexão:
Na autorreflexão, juntamos as percepções que estar presente e auto-observar nos trouxeram, e refletimos sobre o que elas significam. Como foram minhas reações? Que pensamentos e sentimentos dominaram meu dia? Teve algum momento em que eu quis ter agido e forma diferente? O que se passou na minha cabeça naquele momento? E assim por diante, com infindáveis perguntas.
Com tudo isso, aumentamos muito o nosso autoconhecimento. Sabemos como reagimos, o que é mais importante para nós, o que nos motiva ou desmotiva, as nossas forças e aquilo que queremos mudar por não nos fazer bem.
Com isso, conquistamos cada vez mais autonomia e passamos a conseguir escolher quais atitudes queremos ter ou não, sem sermos arrastados por reações automáticas. Conseguimos decidir com mais clareza onde queremos investir nossa energia, e nos posicionar assertivamente com relação àquilo que queremos ou não para nossa vida.
A jornada de autoconhecimento é incrível, recompensadora e sem fim. Estamos sempre evoluindo e descobrindo novas coisas sobre nós mesmos. Por isso, vale a pena perseverar e investir sua energia em dar os primeiros passos.
