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Assédio Moral: a violência velada


Desde pequenos sonhamos com “o que vamos ser/fazer quando crescer”.


O trabalho vira um sonho a ser realizado, é um planejamento de uma vida. Muitas vezes não realizamos exatamente o que pensávamos quando crianças ou até mesmo aquilo que havíamos planejado, porém, uma coisa todos esperam: ser feliz no trabalho.


Chega o momento em que iniciamos nossas escolhas, traçamos caminhos e começamos a entender como funciona o mundo “adulto”. O que não imaginávamos é que haveria tantas dificuldades, dentre elas, as pessoas.


Interagir e conviver não é uma tarefa fácil. As relações que temos com as pessoas podem trazer muitos significados para a nossa vida:


Podemos encontrar pessoas que iremos levar ou lembrar para o resto de nossas vidas, iremos encontrar aquelas que nos ensinam lições que nunca mais vamos esquecer, mas também vão existir aquelas que irão nos testar, testar nossa capacidade de resiliência, de paciência e colocar-nos a prova daquilo que queremos ser como humanos.


O problema das relações é quando elas ultrapassam o limite dos direitos que cada um possui como indivíduo em sociedade.


Muitas vezes é nessa hora que não sabemos como agir, afinal de contas, quando isso acontece no ambiente de trabalho, muita coisa está em jogo. O medo muitas vezes prevalece e nos tornamos coniventes com atitudes inaceitáveis.

A violência no trabalho é presente muitas vezes de forma quase imperceptível, mas expõe as pessoas a situações ofensivas e humilhantes. De modo lento, porém progressivo, o assédio moral vai gerando sofrimento, dor e baixa produtividade.


O assédio moral é uma prática abusiva, que atinge a integridade moral e física do trabalhador. Pode ser identificada por condutas de perseguição repetitivas e prolongadas, tentativas de inferiorizar a vítima ou afastá-la do trabalho, humilhações, intimidações, boatos, descréditos e isolamento.


Algumas frases que podem ser utilizadas pelo agressor:

- (...) Você não consegue aprender as coisas mais simples. Até uma criança faz isso... e só você não consegue!

- É melhor você desistir. É muito difícil e isso é para quem tem garra. Não é para gente como você!

- Se você ­ficar pedindo para sair mais cedo, vou te transferir de empresa... de setor... de horário!

- Vou ter de arranjar alguém que tenha uma memória boa para trabalhar comigo, porque você... esquece tudo!

- Ela faz confusão com tudo... É muito encrenqueira. É histérica, é mal casada, não dormiu bem... é falta de ferro! Vai ver que brigou com o marido!

- A empresa não é lugar para doente.

- (...) Se você não tem capacidade para trabalhar, ­pode ficar em casa.


Note que o mais importante nesses casos não é só o conteúdo que as falas comportam, mas sim a forma como são ditas e o que elas causam.


Com o tempo, o próprio assédio faz com que as pessoas acreditem ser exatamente o que seus agressores pensam ou desejam que sejam: desatentas, inseguras, incompetentes e frágeis. Em alguns casos, a pessoa pode entrar em processo depressivo, prejudicando seu desempenho no trabalho e, acreditando nas palavras do agressor, age de acordo com essas características.


Pensando nesse tema, faça uma reflexão... Você tem se queixado de sintomas físicos? Sente dificuldade ou ansiedade na hora de ir ao trabalho? Você se sente uma pessoa competente naquilo que faz? Acha que as pessoas ao seu redor reconhecem seu valor? Como você se sente quando pensa em seu ambiente diário? Você tem sentimentos positivos pelas pessoas ao seu redor?


O sofrimento e estresse constantes causam doenças físicas e emocionais graves. Não faça isso consigo mesmo. Não compactue com atitudes ou rotinas que destroem sua saúde física e emocional. Pense no sonho do trabalho, o que VOCÊ pode e deseja fazer para mudar a sua realidade?


Por mais difícil que possa parecer tomar uma atitude frente a situações de abuso, tente buscar apoio daqueles que você confia, programe-se, você terá sempre outras oportunidades e, quem sabe, não seja a hora de mudanças?



Se você vê momentos assim acontecendo na sua empresa e não sabe o que fazer, uma consultoria especializada em gestão de pessoas pode ajudar a traçar um plano de ação para resolver esse problema da melhor forma possível! Converse com seus líderes, existem alternativas possíveis.




Literaturas de base:

ES Oliveira - Assédio moral: sujeitos, danos à saúde e legislação, 2013.

HELOANI Roberto – Violência invisível. Revista Fator humano, 2003.

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